sábado, 24 de janeiro de 2015

Raízes Culturais

                                                                                         IDENTIDADE
A Águia e a Galinha
            Um camponês pegou um filhote de águia e coloco-o no galinheiro junto com suas galinhas..  Embora a águia fosse a rainha de todos os pássaros o pequeno  filhote comia milho e ração própria para galinhas.
          Cinco anos depois  o camponês recebeu em sua casa a visita de um naturalista que ao ver o pássaro disse:
         - Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia.

         - De fato – disse o camponês. É águia. Mas eu criei como galinha.   Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.
            - Não – retrucou o naturalista. Ela é e sempre será 
uma águia. Pois tem um coração de águia.  Este coração á fará um dia voar ás alturas. 
           - Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.      Então decidiram fazer uma prova.  O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse:
            - Já que você de fato é uma águia,  já que você pertence ao céu e não a terra, então abra suas asas e voe!  A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista.  Olhava distraidamente ao redor.  Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.  
            O camponês sorriu e disse:
           - Eu lhe havia dito, ela virou galinha!
           - Não – respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia.  Vamos experimentar ainda uma ultima vez.   Amanhã a farei voar.
           No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas.  O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
           - Águia, já que você é uma águia,  já que você pertence ao céu e não à terra,  abra suas asas e voe!
            A águia olhou ao redor.  Tremia como se experimentasse nova vida.   Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente,  bem na direção do sol,  para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.    Nesse momento, ela abriu suas potentes asas,   grasnou como as águias e ergue-se,  soberana.  E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez mais para o alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento...

Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. E muitos de nós ainda acham que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Por isso, companheiros e companheiras, abramos as asas e voemos . Voemos como as águias. Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar.
                                                                            (Autor: Leonardo Boff)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

ACEITAÇÃO E CONFORMISMO


Estes dois sentimentos parecem semelhantes, mas não são.

A diferença é total. Um traz paz interior e proporciona a mudança, o outro traz uma insatisfação mascarada e estagnação.

Existe uma grande diferença entre ter um sentimento de aceitação e ser uma pessoa conformada que não faz nada para mudar.

·         A aceitação traz paz interior e ao mesmo tempo permite que você faça tudo o que está ao seu alcance para mudar a situação. Já o conformismo mantém as pessoas em situações que poderiam ser modificadas para melhor.

·         A aceitação é baseada numa sabedoria interior, já o conformismo é baseado em sentimentos ligados a baixa auto-estima, sentimentos de não ser capaz, de não merecer algo melhor.

Normalmente as pessoas confundem o sentido de uma coisa com a outra. “Eu não posso aceitar essa situação porque senão, não farei nada para mudar.”
Quando não aceitamos as coisas como elas são na realidade, criamos um conflito interior que gera tensão e sofrimento. Todos sabemos que lutar com a realidade é inútil. Normalmente as pessoas acham que só podem ser impulsionadas a fazer algo baseadas em sentimentos de raiva e indignação. Certamente esses sentimentos podem levá-lo a agir e mudar a sua vida.
No entanto, é possível agir e fazer tudo o que tem que fazer para mudar para melhor, ao mesmo tempo que aceita o momento presente que ainda é diferente do que você deseja.

Assim você consegue dar todos os passos para a mudança sentindo-se em paz. Quando você não aceita a mudança a sua vida torna-se dolorosa e provoca-lhe sofrimento.

O que é sentir raiva de alguém? É a não-aceitação da pessoa como ela é ou do que ela fez contra si.


A raiva muda o que passou? Não.
A raiva que você sente muda a outra pessoa? Não.
Mas talvez você consiga, impulsionado pela raiva, terminar tudo com essa pessoa. Isso é verdade.   Mas que tal você fortalecer a sua auto-estima e aprender a dizer não e impor os seus limites na altura certa?

Nesse caso, mesmo que alguém seja desagradável  você não precisará sentir raiva para tomar  atitudes. Você irá agir com tranquilidade, quer seja afastando-se da pessoa, ou dizendo um não.

Ao mesmo tempo que você “aceita” o que ela fez e o que ela é (porque você não pode alterar a realidade), você toma as atitudes que tem que tomar.
A não-aceitação é a luta com a realidade, é baseada na imaturidade emocional, na falta de consciência.

O conformismo pode disfarçar se de aceitação, mas é algo bem diferente, pois é baseado também em sentimentos negativos.

A aceitação permite-nos viver em paz e mudar o que pode ser mudado.
Aceitar é sinônimo de soltar a carga, liberta-nos.

Pense numa situação que gostasse de mudar na sua vida e pergunte-se o que existe nela que você não aceita e que o mantém atado a ela.
Só através da aceitação podemos iniciar o “caminho de mudança”.

Você tem recursos interiores que nem imagina, tire do seu interior o seu “ser” autêntico, você não precisa de nada extra para triunfar neste mundo, porque você já tem tudo dentro de si.

Aceite-se e ame-se!
 
 
                                                                           FORÇA,FÉ, ALEGRIA
 
 
fonte:http://caminhosdemudanca.blogspot.com.br/2010/09/diferenca-entre-aceitacao-e-conformismo.html