Quando meu filho nasceu pedi a Deus que ele fosse feliz. Todo o dia, em minhas orações, rogava aos céus
que iluminasse seus caminhos e que sua vida fosse maravilhosa. Sentia que Deus respondia minhas suplicas cada
vez que via um sorriso largo e expressivo estampado em seu rosto.
Meu bebê cresceu e passamos dias difíceis quando ele se apaixonou
pelas drogas. Tive momentos de muita tristeza e tive que aprender a respeitar
as opções de vida que ele escolheu. Como entender que meu filho caminhava por
um caminho que não era o meu..? Afinal de contas na minha fantasia de mãe eu havia
feito uma estrada florida, sem pedras para que ele pudesse caminhar sem machucar
os pés... Mesmo assim continuava pedindo
para que ele fosse feliz.
E foi com a ajuda de mãos entrelaçada as minhas formando um
circulo de força, fé e alegria que consegui amar meu filho com o mais puro
sentimento que encontrei dentro do meu coração.
Olhando seus erros, tropeços e conseqüências me revesti de coragem
e tomei atitudes abrindo mão do direito de sofrimento que é concedido as mães..
As mudanças aconteceram e do mesmo jeito que chorei muito
pela vida que ele levava também sorri muito ao vê-lo levantar se. Vi suas vitorias,
mesmo que pequenas, mas eram as conquistas que seus limites podiam alcançar. Valorizei
seu empenho em progredir e apoiei suas mudanças.
Não digo que a droga venceu porque no dia do falecimento do
meu filho vi em seus olhos a felicidade que tanto pedi a Deus. Hoje com os
olhos marejados e coração aberto me despeço dele. Peço a Deus que onde quer que ele esteja continue
iluminando seus caminhos e fazendo dele uma pessoa feliz.
Saudades meu amor...